quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coisas de precisam ganhar vida




Um querido amigo me falou que pra manter a poesia temos que viver todas as experiências intensamente, de modo especial as que nos fazem sofrer. Concordei com ele, quando eu sofro escrevo melhor, me sinto poeta, inspirada, saem coisas do fundo d'alma.
Ah, então você está sofrendo agora?
- Sofrendo não diria, mas existe um desapontamento o qual estou lutando bravamente contra para que não atrapalhe as outras coisas.
Este é um momento daqueles em que você pensa, não vou mais ser assim, nem agir desta forma porque sempre,chega nesse ponto: alguém lhe desaponta, passa a perna em você. Será que você é bobo?
- Gentil, amigo? Não sei. Acho que não.
Penso que cada um responde à sua natureza. Naturezas por assim dizer não podem ser mudadas, mas ações podem ser policiadas, refreadas. A gente quando quer, sempre consegue ver oi outro com outros olhos, como se fosse eu, como se fosse você... Se coloca no lugar.
Algumas vezes refrear uma ação da nossa natureza, da natureza humana, em outras palavras pensar antes de agir, é simplesmente se importar, não ficar de braço cruzados ou olhando a esmo, como se faz numa viagem longa de ônibus. Às vezes, é só fazer uma simples pergunta, ou realizar um ato de gentileza, como retirar um prato da mesa, apagar uma lâmpada. Ou sorrir.
Eu não sei onde isto vai chegar, se quer realmente chegar. Sei que era isto que eu precisava falar, e só. Não precisa fazer muito sentido, ou ser coeso, inteligente. Basta sair, e saiu.
Obrigada.