segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O que você faz ainda aqui?
Porque me alcanças, me busca?
Porque no escuro, na noite, na canto... sozinha. Você sempre aparece.
E eu ainda choro, mesmo que velado, abafado, desiludido, perdido.
Vive o choro.
Sem esperanças, sem luz, só o túnel, um caminho sombrio sem certeza de fim.
Às vezes até um desejo, uma lembrança, um beijo, teu cheiro.
Atada.
Presa sem opção de fuga, garganta fechada, alma velada, vida lacrada.
Sempre no frio, no canto, no escuro.
Sorrindo, falando, andando.