sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quanto vale ?

- Eu quero um amor.
- Um namoradinho, que cuide de mim e eu dele.
- Estar apaixonadinho, mãozinhas dadas essas coisas de amorzinho, sabe?
- Não quero mais só sexo.
Ahan...
Eu fico confusa quando leio ou escuto frases desse tipo. 
'Eu quero um namorado' indica qualquer namorado, qualquer pessoa, de qualquer jeito à qualquer custo, em qualquer situação, qualquer estado. Quando começamos a inverter  ordem das coisas?
Carência todo mundo tem, vontade de viver a dois também, mas em algum momento é necessário que se saiba os limites, o que se deve e se quer suportar.
Amor não dura pra sempre, amor não dura. Precisa ser alimentado com respeito.
Amor  não é combustível para relacionamento. É ingrediente.
E que amor?  De cinco minutos? Uma noite de sexo?? Uma vida de amizade? Porque  ‘fulano’ é legal e lindo? Inteligente e também está carente?  
Cada indivíduo é um mundo, com seus muros construídos, calçadas, ruas com defeito, falhas de sistema. Enfim, um passado, uma vida. Ninguém vem novo em folha pra gente, renascido após cada experiência. Sempre traz consigo as marcas dessas experiências. Seus receios, suas vitórias e derrotas e é justamente aí onde se complica tudo: como lidar com esse mundo, o meu mundo e o nosso mundo juntos?  
A gente anseia tanto pelo outro, para estar a dois construir uma vida, uma história, fotos, viagens, casamento, mas não se digna a falar porque quer mudar o canal, porque não quer ir ao Hopi Hari, prefere ir ao cinema, ou ficar em casa de boa... Não se digna a mostrar o que o outro pode esperar de você, ou o que quer de verdade, cospe um ‘tanto faz’ e depois cria tsunami num copo americano. No fim, relacionamento remete à respeito. Respeito a si, ao outro. Respeito.

2 comentários:

  1. Respeito, parceria, lealdade, companheirismo. Acho até que o amor é um dos últimos requisitos da lista de prioridades de um relacionamento (sério).
    Já o sexo, esse se encaixa em qualquer posicionamento da lista. Não tem uma ordem correta pra ele. Afinal, sexo é sexo, e ele ñ precisa - necessariamente - de um relacionamento pra existir. É um quase 'auto-suficiente'. Seja sozinho, acompanhado ou comprado. Em nenhuma dessas hipóteses ele precisa ser um relacionamento de verdade. Nesse contexto de união, o sexo é apenas um coadjuvante fundamental.
    Bom, se estou certa nessa ótica?? Não sei... É só um ponto de vista. Até porque, o certo e o errado é muito subjetivo. Tudo depende da maneira que se vê!

    Bjooos, flor! ;)

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  2. Bom...Você tocou num ponto que eu também sempre insisto, mas tenho a impressão que ninguém me dá ouvidos! rs.
    Respeitar-se é fundamental. Valioso. E raro, eu diria... respeitar-se é uma tarefa mais difícil do que se imagina...
    Fico me questionando se 'se respeitar', não acaba, se alguma forma, sendo um entrave para alguns relacionamentos. As vezes é menos dolorido não perceber as loucuras em ceder para um relacionamento doentio... As vezes, fico pensando, dói menos manter-se alienado de si e do outro a viver na ânsia de compartilhar com alguém sentimentos amorosos/sexuais.
    Acho que certas questões são mais culturais que pessoais... E como cultura é composto por pessoas.. fica complicado dissociá-las.

    Tudo isso para dizer que gostei, que me estimulou o pensamento. Valorizei!

    Beijocas.
    @marinunes

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